Importância da Saúde Ocupacional na volta do trabalho presencial
Com os casos de Covid desacelerando por todo o País e a pandemia em curva de baixa, muitos escritórios estão retornando ou projetando o retorno do tralhado in loco. Essa mudança de atmosfera do colaborador, (passando do trabalho remoto e voltando para a rotina executiva normal) coloca um sinal de alerta em relação a saúde ocupacional. A Saúde Ocupacional é um setor essencial no âmbito executivo. Isso porque ela é a área médica que foca na qualidade de vida de um colaborador em um determinado setor de atuação profissional, prevenindo a ocorrência de doenças e outros problemas de saúde.
Essas condições devem ser acompanhadas por um médico do trabalho e pelos demais profissionais responsáveis pela segurança no ambiente corporativo. O principal objetivo é de fato garantir um ambiente de trabalho propício, visando o seu e bem-estar físico e emocional enquanto desempenha suas atividades. Ao pensar no ambiente e os riscos aos quais ele está exposto, incluindo acidentes de trabalho, a medicina ocupacional previne problemas que o funcionário pode enfrentar e que podem prejudicar na sua rotina.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil é o quarto país com mais acidentes de trabalho no mundo, atrás da China, dos Estados Unidos e da Rússia. Os casos variam entre condições ruins de trabalho, falta de ergonomia nas cadeiras ou móveis corporativos, ou até mesmo na estrutura em geral dos escritórios.
Um exemplo que ilustra bem isso está no último levantamento do Ministério da Previdência Social, apontando que cerca de 7 brasileiros perdem a vida todos os dias em acidentes de trabalho no Brasil, somando cerca 2.500 óbitos por ano. Número assustador, não?
- Lesões mais frequentes
- Corte, Laceracao, Ferida Contusa, Punctura 909.044
- Fratura 758.796
- Contusao, Esmagamento (Superficie Cutanea I 659.091
- Distensao, Torcao 393.991
- Lesao Imediata, Nic 380.822
- Setores com mais acidentes
- Atividades de atendimento hospitalar 488.837
- Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – hipermercados e supermercados 180.811
- Administração pública em geral 142.914
- Transporte rodoviário de carga 122.411
- Construção de edifícios 119.608
- Municípios com mais afastamento de colaboradores
- São Paulo/SP 125.925
- Rio de Janeiro/RJ 39.934
- Manaus/AM 23.908
- Salvador/BA 23.150
- Brasília/DF 20.951
Além de afetar a sua rotina, a empresa terá que lidar com as consequências econômicas que um acidente ocupacional poderá desenvolver. Para isso, toda Instituição precisa seguir certas normas, como resumimos abaixo:
- Normas Regulamentadoras;
- Emissão de envio da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT);
- Exames médicos, conforme discriminado no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);
- Fornecimento de EPIs e EPCs;
- Instituir uma CIPA;
- Ergonomia dos seus colaboradores;
- Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT).
O descumprimento das exigências listadas acima pode trazer sérios impasses para a empresa. Se for comprovado que um funcionário sofreu um acidente de trabalho ou desenvolveu alguma doença ocupacional, por exemplo, a empresa pode responder nas esferas civil e criminal.
Mas como iniciar uma estrutura visando a saúde ocupacional do colaborador?
- Promova a capacitação na sua empresa
É essencial a capacitação dos colaboradores sobre as práticas de saúde e segurança adotadas. Não adianta em nada a empresa implementar medidas de segurança se o colaborador não compreender sua importância e estiver inapto a realizá-las.
Por isso, o treinamento e a reciclagem periódica são fundamentais para garantir uma proteção contínua e correta. Confira alguns exemplos de capacitações que devem ser realizadas para prevenção dos riscos:
- Uso adequado dos EPCs e EPIs – além do fornecimento dos equipamentos;
- Posturas corretas para execução das atividades laborais;
- Pausas e alongamentos periódicos durante a rotina de trabalho.
Dessa maneira, os próprios trabalhadores se conscientizam da importância dessas práticas e contribuem na disseminação de ações educativas e preventivas no ambiente de trabalho – ao estimularem os colegas a fazerem o mesmo.
- Estimule um bom clima organizacional
Frederick Herzberg, um dos precursores da Teoria Comportamental, defendia que o comportamento dos colaboradores está relacionado às condições de trabalho em que eles estão inseridos e a maneira como se sentem em relação à empresa e ao cargo que ocupam.
Assim, as práticas ocupacionais também podem ser vistas como fatores motivacionais, uma vez que fazem os colaboradores se sentirem cuidados e protegidos pela empresa. Por consequência, tendem a desenvolverem melhor suas funções, o que impacta positivamente também na produtividade.
- Invista em Ergonomia
Não existe empresa saudável e segura que não leve em conta as questões ergonômicas. A ergonomia é um dos aspectos fundamentais para um bom ambiente de trabalho. Além de estar ligada às leis trabalhistas, como as Normas Regulamentadoras, está diretamente relacionada à saúde e conforto do colaborador.
Uma equipe que trabalha por um longo tempo sentada, por exemplo, precisa de um mobiliário específico e ajustes ergonômicos adequados para minimizar os riscos de desenvolver doenças ocupacionais. De maneira semelhante, os profissionais que carregam peso durante a atividade laboral precisam de equipamentos e orientações ergonômicas para evitar problemas na coluna ou outras doenças ocupacionais.
Por meio do estudo de riscos ergonômicos e da mitigação dessas questões, é possível aumentar a produtividade e diminuir o desenvolvimento de problemas de saúde em decorrência das funções.
- Ginástica Laboral
Pequenas pausas na rotina laboral são fundamentais para evitar problemas nos músculos e articulações, mesmo em ambientes ergonomicamente adequados. A ginástica laboral é uma excelente alternativa e pode ser feita coletivamente e no próprio local de trabalho.
Ela garante o bem-estar geral, assim como o fortalecimento e a proteção de diversas áreas musculares. De lesões a problemas crônicos, é uma forma de prevenção e de garantir o máximo de conforto e produtividade aos colaboradores.
A ginástica corretiva, por exemplo, equilibra o uso dos grupos musculares e evita a atrofia de certas regiões. Graças à sua execução, há um balanceamento no organismo e uma redução nos esforços repetitivos e seus efeitos.
- Acompanhamento Nutricional
A nutrição é um dos aspectos mais importantes para garantir a saúde de uma pessoa. Diversas doenças, como hipertensão e diabetes, têm forte relação com o que o paciente come. Portanto, criar um programa de acompanhamento nutricional e promover medidas para uma alimentação saudável, é fundamental na promoção da saúde.
Caso a empresa tenha um refeitório nas suas instalações, é fundamental oferecer um cardápio adequado, com preparações saudáveis, saborosas e completas em nutrientes. Mesmo quando a empresa não é a responsável pelos alimentos oferecidos, é válido pensar em como conscientizar os colaboradores para se alimentarem bem.
Reforçar práticas para a adoção de uma alimentação saudável, não só melhora a saúde dos colaboradores como um todo, como também gera um melhor desempenho e produtividade. Afinal, os alimentos impactam diretamente na disposição e concentração.
Eventualmente, a promoção da saúde através da alimentação se torna um hábito e começa a integrar a cultura do negócio.
- Diagnóstico da saúde
A realização dos exames médicos ocupacionais, é prevista por lei para garantir o acompanhamento da saúde do trabalhador. No entanto, nem sempre é possível cobrir todos os indicadores base e identificar o perfil de saúde dos colaboradores.
Por isso, é fundamental que a empresa se preocupe em realizar exames complementares aos exames ocupacionais, para uma identificação descomplicada do perfil da empresa e definição das melhores estratégias a serem adotadas.
Trata-se de uma forma de expandir o cuidado com a saúde e mostrar aos colaboradores a sua importância.
As práticas de saúde ocupacional são obrigatórias, conforme previsto na legislação, mas a organização pode ir além e associá-la às práticas assistenciais. Ao adotar essa estratégia, o impacto é direto na saúde, segurança e conforto do colaborador, diminuindo o absenteísmo e aumentando a produtividade.
Fonte das informações: Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho
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